A nossa equipa é constituída por investigadores de diferentes formações teóricas e metodológicas, combinando as Ciências Sociais e Naturais: sociólogos, antropólogos, geógrafos, biólogos da conservação, ecólogos, etnógrafos multiespécies, artistas. Pretendemos construir um espaço intelectual e emocional onde o diálogo entre disciplinas seja possível, onde o trabalho em equipa seja pautado por objetivos comuns, para lá de nós próprios e dos posicionamentos epistemológicos de cada um.
Investigadora Auxiliar no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, onde coordena o Human-Animal Studies Hub e o curso de pós-graduação “Animais e Sociedade”. Em 2022, ganhou uma Bolsa de Consolidação do Conselho Europeu de Investigação (ERC) com o projeto ABIDE, para estudar como os animais recuperam de desastres, em particular incêndios florestais. É doutorada em Ciências Sociais (Sociologia) pelo ICS-ULisboa e os seus atuais interesses de investigação centram-se nas relações entre humanos e animais. Projetos anteriores incluem: “Liminal Becomings: reframing human-animal relations in natural disasters”, sobre animais em desastres; e “CLAN: Amizades entre Crianças e Animais: desafiando as fronteiras entre humanos e não-humanos nas sociedades contemporâneas”, sobre crianças e animais de companhia.
Doutorada em Geografia Humana pela Universidade de Oxford, licenciada e mestre em Antropologia (NOVA-FCSH). Os seus interesses de investigação centram-se nas políticas e dinâmicas da conservação da natureza e gestão ambiental, geografias mais-que-humanas e relações entre humanos e não-humanos no geral.
A sua tese de doutoramento centrou-se nas implicações sócio- e biopolíticas da renaturalização (rewilding) como novo modo de conceber e coreografar perturbações ecológicas, nomeadamente herbivoria, no Reino Unido. Participou em vários projetos ligados à dimensão sociocultural da conservação de espécies carismáticas (grandes predadores, aves de rapina diurnas e nocturnas) e, mais recentemente, à prevenção de incêndios em Portugal.
Mediador artístico dos mundos das formigas, doutorado em etnografia multiespécies. A sua investigação empírica recorre a performances de base tecnológica e a táticas decoloniais para subverter as representações convencionais das formigas nos imaginários de investigação dominantes. Kuai desenvolve o conceito de estética invertida: a amplificação das relações inseto-humano e das capacidades sensoriais dos invertebrados em sintonia com as culturas, ecologias e políticas mais-que-humanas das ontologias indígenas.
O seu trabalho transversal com formigas foi publicado nas revistas Society and Animals, Antennae, Art&Australia, Acoustic Space e no livro Distributed Perception: Resonances and Axiologies. As suas obras artísticas foram comissionadas pelo Eli Broad Museum, FACT Liverpool, National Art Gallery Vilnius, House of Arts Brno e o Museu de Arte Contemporâneo de Quito.
Biólogo com mais de 20 anos de experiência profissional com participação em projetos em Portugal, no Brasil, na Bolívia, no Paraguai e em Moçambique. Tem desenvolvido trabalhos à volta de temáticas como a ecologia e conservação da biodiversidade (em particular, mamíferos), conflitos entre humanos e fauna selvagem, monitorização de áreas protegidas, participação comunitária, comunicação de ciência e educação ambiental.
Depois de terminar a licenciatura em Sociologia na Universidade de Sorbonne, Chiara obteve o mestrado em Humanidades Ambientais na Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais de Paris (EHESS). Em 2023, foi estagiária no Rachel Carson Center for Environment and Society, em Munique, e tornou-se coeditora do Arcadiana, um blogue sobre literatura, cultura e meio ambiente.
Desde março de 2024, é doutoranda em Antropologia no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e membro da equipa do ABIDE.
Os seus interesses de investigação são a antropologia ambiental, a literatura multiespécies e o storytelling.
Ladin é licenciada em Biologia (2019) e mestre em Ecologia (2022) pela Universidade de Hacettepem. Trabalhou no Laboratório de Ecologia do Fogo e Pesquisa de Sementes durante a licenciatura e no Laboratório de Ecologia Funcional, durante o mestrado. Estagiou no Centro ELKH de Investigação Ecológica na Hungria (2023) com financiamento da UE.
A sua tese de mestrado centrou-se na resposta vegetal e diversidade funcional em ecossistemas mediterrânicos a nível comunitário, utilizando uma abordagem de características funcionais. Desde março de 2024 é doutoranda em Antropologia no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e membro da equipa ABIDE.
Interesses de investigação: biodiversidade, ecologia, ecologia vegetal, ecologia do fogo, ecologia funcional, ecossistemas de tipo mediterrânico, pradarias alpinas e estepárias, ecologia comunitária, gradientes ambientais e ecológicos.
Sara é licenciada em Sociologia no Iscte-Instituto Universitário de Lisboa, onde se encontra atualmente a terminar o mestrado em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação. Em 2022, estagiou no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), onde trabalhou sobre desastres naturais associados a cheias e inundações. Focada nas dinâmicas sociais que decorrem nos media e com interesse em aprofundar a relação entre humanos e animais, em abril de 2024 integrou a equipa do ABIDE.
Áreas de interesse: Media, Cultura, Comunicação e Sociedade.
Licenciado em biologia pela Univerisdade do Algarve (UALG), com um percurso voluntário e profissional (2011-2020) por vários projetos dedicados à conservação da natureza em Portugal, no papel de técnico de investigação científica, técnico de trabalho de campo, tratador, monitor de atividades e educador ambiental.
Com formação em colaboração e ferramentas digitais, empreendedorismo e gestão de empresas, tem feito recentemente um percurso profissional na posição de gestão de projetos.
Professora de Sociologia e Criminologia na Universidade de Sydney, Austrália e Diretora (provisória) do Sydney Environment Institute. A sua investigação centra-se na Justiça Multiespécies, ou seja, no modo como os conceitos, as práticas e a institucionalização da justiça precisam de transformação para ter em conta as realidades ecológicas e o posicionamento ético de todos os seres da Terra.
Professor Associado na divisão de Sociologia da Universidade de Mälardalen, Suécia. A sua investigação centra-se nas relações entre humanos e animais, tendo já abordado tópicos como gatos-robô, predadores urbanos, cemitérios de animais, escolas de equitação e o simbolismo do chihuahua na cultura pop anglófona.
Professor Auxiliar de Antropologia na Universidade de Oxford, no Reino Unido. É especialista em etnografia multiespécies e tem investigado sobre algumas das histórias mais importantes do nosso tempo, relacionadas com a biotecnologia, o ambiente e a justiça social, na Ásia, no Pacífico e nas Américas.
Professor Associado de Antropologia na Universidade Federal de São Carlos, Brasil, onde coordena o grupo de investigação Humanimalia. A sua investigação tem-se centrado nas relações entre humanos e animais – da caça à criação, do comércio ao conhecimento – em aldeias indígenas na Amazónia brasileira, trabalhando com os Karitiana (Tupi-Arikém) e Puruborá (Tupi-Puruborá).
Professor Associado no Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília, no Brasil, onde coordena o Laboratório de Antropologia da Ciência e da Técnica. A sua investigação foca-se na área da antropologia da ciência e tecnologia, antropologia das naturezas e relações entre humanos e não-humanos no Brasil.
Professor Catedrático de Geografia Física no Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa, em Portugal, onde é também Diretor do Centro de Estudos Geográficos. Especialista em geomorfologia aplicada, avaliação de perigos e riscos naturais, e ordenamento do território.
Antropóloga, Investigadora Principal com Habilitação no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS), e Subdiretora do ICS desde julho 2023. Fez o doutoramento (2003) em Antropologia Social e Cultural na Universidade de Coimbra. Realizou pesquisa antropológica e foi coordenadora da Demarcação da Terra Indígena Tupinambá de Olivença (1997-2009). Os seus temas de pesquisa são sobre pessoa, parentesco, territorialidades indígenas, antepassados e historicidades no atlântico indígena, assim como, desde 2012 entre os Fataluku em Timor-Leste. Desde 2022 é diretora da revista Tipití: Journal of the Society for the Anthropology of Lowland South America.
Diretor-Adjunto do Sydney Environment Institute e Professor de Humanidades Ambientais na School of Humanities da Universidade de Sydney, Austrália. Filósofo de campo e escritor, a sua investigação e escrita centram-se nas muitas questões filosóficas, éticas, culturais e políticas que surgem no contexto da extinção de espécies e dos envolvimentos humanos com espécies e locais ameaçados.
Professora Associada de política ambiental, alterações climáticas, política multiespécies e indígena na Universidade de Otago, Nova Zelândia. A sua investigação centra-se no modo como a teoria política académica, particularmente as teorias da justiça, continuam a perpetuar injustiças junto de alguns grupos de pessoas (com foco nos Māori) e para o ambiente.
Investigadora independente no campo das geografias animais e consultora enquanto geógrafa social especialista em defesa criminal. É uma geógrafa com formação qualitativa, interessada no modo como o lugar molda as relações éticas dos seres humanos entre si e com os animais não humanos.
Professora no Departamento de Sociologia da Goldsmiths, Universidade de Londres. É uma socióloga visual mais conhecida pela sua investigação e prática sobre públicos infantis, culturas visuais infantis, arquivos infantis, etnografia multimodal e metodologias de criação de públicos.
Sádiya Munir (ORCID0000-0003-2046-688X) é doutoranda em Estudos de Comunicação na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, com uma Bolsa de Estudo da Fundação para a Ciência e a Tecnologia – FCT (2023.00951.BD). É mestre em Ciência Política e Relações Internacionais e licenciada em Relações Internacionais. É investigadora do CECC – Centro de estudos de Comunicação e Cultura da Universidade Católica.
Colaborou como assistente de investigação no ABIDE de julho a setembro de 2023, recolhendo e analisando notícias (Público, Correio da Manhã, TVI e RTP) ocorridas de junho a outubro de 2022, sobre incêndios, desastres e animais em Portugal. A sua tese de doutoramento centra-se no consumo e evitamento de notícias por partes dos jovens adultos portugueses (18-24 anos).
As suas áreas de interesse são os media e a política, a comunicação política, as notícias e a democracia.
ECO é um projeto de investigação financiado pelo Conselho Europeu de Investigação da Comissão Europeia, desenvolvido no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, que procura entender como diferentes produções culturais sobre a Amazónia dão voz a animais e plantas e revelam a interdependência entre humanos e não-humanos.
ECO desenvolve o conceito de zoofitografia, a fim de descrever a inscrição de seres não-humanos em diferentes culturas, descentralizando assim a humanidade como a única fonte de produção de sentido.
Num momento em que a Amazônia e os seus povos estão cada vez mais ameaçados pela exploração madeireira em larga escala e pelos incêndios florestais associados a indústrias extrativistas como mineração, exploração de petróleo, agronegócios, etc., que consideram a biosfera como um mero recurso ao serviço da humanidade, o projeto ECO pretende destacar outras visões, não imperialistas, sobre os animais e plantas da região.
O Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE) é uma estrutura do Município de Seia vocacionada para a promoção do conhecimento e divulgação do património ambiental da serra da Estrela, que apresenta como objetivos principais: promover atividades no âmbito da interpretação da natureza, apoiar a investigação científica, desenvolver projetos de educação ambiental e fomentar o turismo de natureza.
O Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens (CERVAS) localiza-se em Gouveia e é uma estrutura que pertence ao Parque Natural da Serra da Estrela / ICNF. É gerido pela Associação ALDEIA, com o apoio da ANA – Aeroportos de Portugal, Fundo Ambiental, Município de Gouveia e outros parceiros. O principal objetivo do centro é a receção de animais selvagens de espécies autóctones protegidas, feridos e debilitados, tendo em vista a sua recuperação e devolução à Natureza. Em paralelo são desenvolvidos trabalhos de investigação, monitorização e vigilância de fauna selvagem, e ainda Educação Ambiental, visando contribuir para um maior conhecimento da população sobre a biodiversidade.
construir uma equipa interdisciplinar baseada na abertura, compreensão e suporte mútuo, onde todos possam florescer
Financiado pela União Europeia (ERC, ABIDE, n.º 101043231). Os pontos de vista e opiniões expressas são da exclusiva responsabilidade do(s) autor(es) e não refletem necessariamente a posição da União Europeia ou da Agência Executiva do Conselho Europeu de Investigação. Nem a União Europeia, nem a autoridade financiadora podem ser responsabilizadas pelos pontos de vista e opiniões expressas neste site.